Se me perguntarem como passei os últimos dois anos eu poderia responder, à boa maneira portuguesa, tenho-me aguentado e não mentiria nem ocultaria nada. Na verdade, tive mesmo que ir resistindo, ser paciente, acreditar que as coisas melhoram e sobretudo não desistir por mais vezes que a palavra desistir me aparecesse-se na mente. Sou daquelas pessoas que consegue ver o lado bom, até nas coisas más, sobretudo quando se começa a ver a saída da situação menos boa.
Hoje até penso que, não fossem estes anos de adversidades, não seria a pessoa que sou hoje, ou seja, uma pessoa muito melhor do que há dois anos atrás.
Há dias, a vida deu-me uma segunda oportunidade face a algo que eu acredito, quero, desejo e tenho sido paciente o suficiente para nunca desistir dela. Nesta segunda oportunidade as coisas parecem suceder-se de forma exactamente decalcada da primeira mas, há uma mudança subtil que pode fazer a diferença: eu não sou a mesma pessoa. Quando nós mudamos, as coisas à nossa volta também mudam. Aprendi a tolerar, a ser paciente e sobretudo, a acreditar que desta vez vai correr tudo bem. Uma das grandes questões que se colocam às segundas oportunidades que a vida nos dá é o medo de correr mal, como correu da primeira. Por isso mesmo, a primeira coisa que fiz foi eliminar todo o medo, toda a ansiedade, toda a pressão pessoal e dos outros. A única coisa que tenho na minha cabeça é... desta vez vai correr bem, vou ser paciente, vou aceitar, vou ser perseverante e vou lançar a flecha sem olhar para onde ela cai. Nesta perspectiva e no meu entendimento pessoal, as coisas só podem correr bem, porque, é essa a energia que eu coloco nas coisas...Quando nos libertamos das pressões exteriores, dos medos, das opiniões e conselhos dos outros e seguimos o nosso caminho com força, determinação, paciência e espírito positivo, só pode correr bem. E, é por aí que eu vou....

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