Há coisas que só quando estamos mais acordados espiritualmente reparamos, nomeadamente quando aparece alguém que se nos apresenta como um espelho de nós mesmos. O que nos irrita na pessoa são as características pessoas que sabemos ter mas que fingimos não ter. Uma das lições que aprendi com essas pessoas que funcionaram como espelho é que a vida não é uma lista como a de compras de supermercado em que vamos fazendo vistos à medida que os produtos entram no carrinho. Ás vezes nem nos apercebemos que, o fazemos inconscientemente na nossa vida. Queremos tanto ter uma coisa porque sim, que nem nos apercebemos que não estamos a fazê-lo com a pessoa certa, nem pelos motivos certos. Imaginem alguém à vossa frente falar que vai casar e referir todos os motivos pelos quais vai tomar a decisão de casar mas, entre os motivos, não refere uma vez uma razão afectiva para o fazer. Não fala no amor que os une, nem na compreensão, nem no companheirismo, nem no auxílio mútuo, nada, nem uma vez. Fala sim em motivos financeiros, planos económicos como se estivesse a criar uma sociedade e não uma união afectiva. Lição para mim: De nada adianta fazer coisas certas pelos motivos errados, só para dizer que o fizemos. Nada de ir pondo vistos na lista de compras da vida sem a menor convicção, é tão fácil cair nisto que nem imaginam...Só quando vemos nos outros nos apercebemos...

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